Divulgação da Informação
Se a violência existe e que está presente entre todos não há dúvida, até porque a imprensa não deixa ninguém esquecer isso por muito tempo. O fato é que os meios de comunicação exploram determinados assuntos enquanto estes gerarem lucro estarão sendo falados e outros fatos de importância deixados de lado.
Segundo a reportagem de Carlos Vogt pesquisas acadêmicas sobre a veiculação da violência na mídia apontam para uma dramaticidade exagerada e para uma manipulação da informação, “existe uma super-exploração dos crimes violentos contra a pessoa, como chacinas, homicidas e sequestros”.
Um exemplo disso pode citar a tragédia em Realengo, a mídia dramatiza e exagera no fato. Há uma reportagem da revista veja que começa com a seguinte frase “Para os pais de Realengo, a quinta-feira ainda não terminou”. Realmente ela não terminou porque os meios de comunicação fazem questão de deixar esse fato tão lamentável presente,você acorda e dorme escutando sobre este assunto e um dia depois de muito escutar sobre, ele some e nunca mais é citado; não porque a mídia está querendo explorar mais assuntos e sim porque agora o fato já não gera capital e então não merece mais atenção.
Casos como a violência contra crianças, que são os maiores dos que as divulgadas pelos órgãos só merecerão destaque quando alguma tragédia acontecer, primeiro é preciso que o fato seja melodramático.
A violência é um assunto muito amplo e não pode ser presa a apenas um tema. E é isso que os meios de comunicação fazem. O filosofo Robson Sávio Reis, acredita que ao invés da mídia espelhar as contradições e conflitos na sociedade, ela banaliza a informação. “Dois terços da humanidade vivem na miséria, que é uma das mais cruéis formas de violência “ e nem por isso esse fato é divulgado e abordado como merece. Certos assuntos somente serão discutidos pela sociedade quando a mídia determinar que estes os ofereceram vantagens.
Danyele Ferreira